Como sabem, este ano o Forte Apache faz 50 anos nas terras
tupiniquins. Como a Gulliver pouco deu bola, resolvi fazer uma mostra contando
um pouquinho da história deste brinquedo.
Em 1964, Francisco Ortega Blanco (falecido), Mariano Lavin
Ortiz (falecido) e Andrés Luis Lavin Cebada, davam início a fabricação do Forte
Apache. Dois anos depois, eles dariam o nome da fábrica de Casablanca. Mais um
tempo se passou, a Casablanca fechou e a Gulliver assumiu a produção, que se
estende até hoje.
O Forte Apache não foi uma invenção deles. Mariano Lavin
havia trazido algumas figuras (bonequinhos) de "faroeste" da Espanha,
e Francisco viu aí a oportunidade de comércio. Fort Apache, como era conhecido
dos americanos, já era produzido pela Marx desde os anos 1950 e representava as
aventuras do cabo Rusty e seu cachorro Rin Tin Tin nos seriado de televisão.
Na esteira do sucesso televisivo, o brinquedo foi um sucesso
de vendas. Além dele, foram comercializados outros fortes com outros nomes,
como Forte Comanche, Fort Rin Tin Tin e Fort Arizona. Outros seriados também
foram inspiração para esta linha de brinquedos, como Bonanza (fazenda
Ponderosa), Chaparral, Gunsmoke e Zorro. Ainda foram produzidos conjuntos
relacionados a Guerra do Paraguay e Independência ou Morte.
Atualmente só o Forte Apache é fabricado pela Gulliver, em
plástico e com figuras clones da Atlantic italiana. Nos Estados Unidos ainda é
possível comprar reedições da indústria Marx. No Brasil e nos EUA é um dos
brinquedos mais antigos ainda em fabricação.
As fotos abaixo mostram a cena montada na exposição e outro cenário, montado no quintal da minha casa. Este modelo foi o primeiro que fiz com uma só torre de vigia e a casa ao fundo, inteira, representando os alojamentos. É claro que representa um brinquedo, por isso das cores. É diferente de um diorama, uma representação fidedigna de uma realidade ou fato. Mesmo assim, tentei passar alguns detalhes, como as telhas das construções.
Estão mescladas aí figuras de várias épocas (anos 60,70,80 e atuais) e fabricantes nacionais e estrangeiros. Entram em cena Casablanca, Gulliver, Comansi, Jean Hoefler, Cherilea, Crescent e outros de origem desconhecida.