Translate

segunda-feira, 28 de abril de 2014

PINTURAS

Devem ter visto aqui as primeiras pinturas que fiz há tempos atrás. Depois começar pintando toda a figura, resolvi que podia pintar outras parcialmente. Fiz isso com alguns índios da Kellogg's/Crescent que comprei do Gilberto.
Antes disso, porém, já havia pintado alguns índios da Jean Hoeffler com os olhinhos em destaque. Aprendi a técnica aqui no Youtube, no canal MichToyCo. Nessas figuras da Kellogg's eu não me preocupei com isso porque ainda não havia conseguido um pincel "00". Estava me virando com a ponta de um palitinho.
Mostro a seguir algumas das pinturas que fiz por último. Espero que apreciem.







Estes são os Kellogg's que pintei recentemente. O material destas figuras é mais maleável do que as da Gulliver e JH. O primer que usei não grudou 100%. Bem provável que tenha sido por eu não ter escovado bem a figura onde ela foi pintada. Nessas eu optei por não pintar o corpo e a base nas partes desnudas, assim como não fazer os olhos. Também dei um detalhe prateado no rifle deste último índio acima.



Este índio JH foi uma das primeiras figuras que eu pintei. Já o cavalo foi semanas atrás. É importante frisar que quando montei o índio no cavalo, uma parte da sela descascou devido ao excesso de fricção. Se eu for pintar outra figura parecida no formato de curvatura das pernas, vou esquentar e abrir mais o arco. Se precisar vou colar com silicone ou cola de pistola. Para o cavaleiro usei pintura em todo o corpo, mas no cavalo apenas nas partes marrons e base, além dos cascos e arreios. Usei alguns traços característicos das tribos americanas. Uma mistura das usadas por Sioux, Chayenes e Comanches até onde tenho conehcimento. Confesso não me ater fielmente a isso porque as figuras antigas, em geral, não representam 100% as etnias.





Acima estão duas figuras do tenente Rip Master. Uma do Forte Rin Tin Tin e outra Casablanca. Se bem que as duas tem o logo Casablanca embaixo da base. A primeira está com a pintura original da época. O padrão é o mesmo usado nas figuras copiadas da Airfix ou Britains (em dúvida agora) que apareceram aqui pelos anos 70. Diferente do uniforme oficial, com jaqueta azul escura e calça azul clara, elas eram pintadas ao contrário. O mais interessante é que os soldados que acompanhavam o forte eram todos azuis. A figura das três últimas fotos foi pintada baseada no uniforme oficial. Pensei em pintá-la com as cores da 7º cavalaria, mas deixei isso para uma terceira figura. Pintei também a lista na calça, que, segundo as fotos e filmes que eu tenho visto, indicavam o posto de oficial. Não pintei os olhos, mas fiz uma costeleta para tentar ressaltar orelhas que não existem, hehe. A base não é verde. Não gosto das bases verdes por não retratarem a realidade do piso arenoso dos fortes.





Este são cowboys recentes, cópias, vendidos pela Redskorpio em cores sortidas. Cópias  daqueles que a Gulliver tinha por aqui nas antigas. A pintura é uma releitura. Não atende a linha clássica usada antigamente, com muito vermelho azul e amarelo. Optei por um Maverick vestido de preto, mais ao estilo jogador profissional e pistoleiro (foto 2). Embora não apareçam as bases, tirei o tradicional verde também e substituí por uma "areia". Nestas os olhos estão presentes. Fiz isso para uma valorização da figura, que são, desde as originais espanholas, até hoje, muito mal moldadas no rosto. Estas não estão totalmente prontas, faltando dar um retoque nos olhinhos. Uma coisa que mantive foram as pistolas prateadas, embora os cintos e coldres sejam marrons, diferente dos prateados de antigamente.

Links úteis:

http://www.redskorpio.com.ar/
https://www.youtube.com/user/MichToyCo
https://www.youtube.com/watch?v=qKs_mBBNN0w




terça-feira, 8 de abril de 2014

ERA UMA VEZ NO OESTE (ESPANHOL)

Compartilhando: http://www.dw.de/era-uma-vez-no-deserto-espanhol/a-17511381

Era uma vez no deserto espanhol

Há cerca de 50 anos, centenas de faroestes foram rodados na Espanha. Hoje, o que sobrou daqueles dias de glória foi transformado num parque temático no estilo dos antigos filmes.
Nos anos 1960 e 1970, o Deserto de Tabernas em Almeria, no sudoeste da Espanha, era uma espécie de Hollywood europeia. Estrelas como Clint Eastwood, Henry Fonda, Charlton Heston, Richard Burton e Elizabeth Taylor fizeram da região sua moradia temporária durante a gravação de filmes – entre eles, os que ficaram conhecidos como o gênero "western spaghetti".
Os filmes foram assim apelidados por serem faroestes dirigidos por italianos. Um dos representantes mais prolíficos desse grupo de cineastas era Sergio Leone, que construía cenários inteiros no deserto, não muito distantes do Mediterrâneo.
Há cerca de 50 anos, centenas de filmes foram feitos na região. Entre eles clássicos como a trilogia dos dólares – Por um punhado de dólaresPor uns dólares a mais e Três homens em conflito. Partes de Lawrence da Arábia e Cleópatra também foram filmadas ali.
Agora, os cenários nos quais esses filmes foram realizados foram transformados em parque temático no estilo faroeste, onde os turistas podem passear por um saloon (típico bar do Velho Oeste), passar um tempo atrás das grades na cadeia local ou reencenar um tiroteio em plena rua.

Os cenários das produções de Hollywood se transformaram em um parque temático para os fãs do faroeste
Atores usando chapéus e botas de cowboy realizam shows diariamente pelas ruas da cidade cenográfica. Na praça principal, o banco central é assaltado todos os dias, e os bandidos responsáveis pelo tiroteio acabam sempre enforcados. O complexo ainda conta com um zoológico e um parque aquático.
"Parece muito com o Velho Oeste. Lembra um pouco o Arizona", diz Shadae Talebi, uma americana que vive na Bélgica e trouxe os dois filhos para passar as férias na Espanha. "Eles nunca viram um filme de caubóis e índios, eles ainda são muito pequenos."
Dublês
No geral, o público do parque é composto por fãs de filmes de faroeste. "Meu marido sempre assistiu a esses filmes", diz a britânica Angela Throgood. "John Wayne está sempre por perto, assim com Clint Eastwood", completa ela rindo.
Muitos dos funcionários do parque são dublês que caíram das varandas ou galoparam em cavalos ao lado de Clint Eastwood naquela época – e agora trabalham como animadores de festas infantis.
As mesmas pessoas são "baleadas" todos os dias, diz o ator José Francisco Garcia Pascual, que guia uma carruagem. "É um trabalho muito, muito difícil! Todos os dias eu mato umas três ou quarto pessoas", diz ele, rindo.

Jesus Laguna foi dublê de filmes rodados na região
Os diretores de cinema escolhiam o Deserto de Tabernas para filmar seus faroestes pela semelhança com o Velho Oeste americano – uma planície varrida pelo vento, cortada por leitos de rios secos e desfiladeiros rochosos.
Filmar por lá também valia a pena financeiramente. Mas no final da década de 1970, diretores encontraram locações mais baratas – na Turquia e no Marrocos –, acabando com a indústria do cinema em Almeria.
Na pequena Tabernas, única vila em dezenas de quilômetros, os moradores mais velhos contam histórias dos dias de ouro na era dos faroestes.
"Aqui era a Hollywood espanhola", diz Jesus Laguna, um dublê aposentado que ainda usa seu chapéu de caubói. "Todos os tipos de atores da verdadeira Hollywood passaram por aqui, inclusive alguns vencedores do Oscar."
Desemprego
Como diversas partes da Espanha, o Deserto de Tabernas enfrenta dificuldades. O índice de desemprego na região de Almeria chega a 30%.

Henry Fonda foi uma das estrelas que filmaram na região de Almeria
Recentemente, o fotógrafo espanhol Alvaro Deprit passou um mês vivendo no deserto e documentando a vida daqueles que foram deixados para trás quando a indústria do cinema foi embora.
"É um sentimento de melancolia", diz Deprit. "Porque aquele mundo acabou. Era a era de ouro dos faroestes, e agora é uma imitação do que aquele lugar foi um dia."
Entre os deixados para trás está um membro da aldeia indígena dos Blackfoot, do Canadá. Ele trabalhava como figurante e, desde então, vive em um acampamento no deserto.
Há também um ator local, Jose Novo, que se parece muito com Henry Fonda. Novo diz que sua mãe era amiga do ator americano e deu à luz exatamente nove meses depois que ele esteve na região, em 1968, rodando Era uma vez no Oeste.

  • Data 05.04.2014
  • Autoria Lauren Frayer (mas)
  • Edição Rafael Plaisant

quarta-feira, 2 de abril de 2014