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quinta-feira, 18 de maio de 2017

COLEÇÕES - CÍCERO WEXLER DOS ANJOS (SP)

Cícero Wexler dos Anjos reside em Ribeirão Preto,SP, mas é natural de Governador Valadares, MG. Foi lá que, em 1977, começou a história dele com o Forte Apache, brincando com os bonequinhos dos amigos e ganhando seus próprios no Natal de 1979.

Eram três os vizinhos: Régis com seu super Rin Tin Tin, Marcelo com um impecável 1978 com aquelas figuras especiais lindas  e o Théo, com o seu enorme Casablanca e outro forte lotado de soldados. Tudo isso e mais as suas figuras avulsas, compradas, ganhadas e trocadas.

A vida profissional veio cedo para Cícero, e aos 13 anos já trabalhava no Banco do Brasil. Por isso as brincadeiras foram postas de lado. No entanto, em 1997, numa viagem aos Estados Unidos, comprando alguma coisa do gênero, ele recomeçou a brincadeira e iniciou a coleção.

Recorrendo  a sites como o Ebay eoutros, foi comprando muita coisa, inclusive dois fortes (um Casablanca e um Gulliver) de uma só vez. Comprou ainda o Fort Buffalo da Britains, 2 fortes da Marx e por aí em diante até 2003. Neste ano ele tinha oito fortes completos.

Infelizmente, em 2007 teve alguns problemas de ordem pessoal e se desfez  de 70% da coleção. No entanto, em 2013, voltou aos poucos. Ele cita: "Ando devagar porque já tive pressa"... e hoje, com "toda essa internet fervorosa os meios de contatos e compras... coisa espetacular", vai aos poucos retomando a coleção.

Para ele o melhor disso tudo, de toda essa experiência, foi a possibilidade de fazer novos amigos, a maioria dos quais, como eu e muitos de nós, por meios eletrônicos. Por isso é apoiador de um grande encontro entre os colecionadores e amantes do Forte Apache.

No texto que me mandou, ele resume a sua história como sendo a de um pequeno colecionador um grande fã do gênero western, tanto nos filmes como Durango Kid, Zorro, Rin Tin Tin, Bonanza, entre outros. Certamente é outro dentre tantos que sente saudades daquelas tarde em frente a TV.

Amigo Cícero, espero que nos encontremos um dia. Tenha, através deste texto, o meu carinho e meu apoio para continuar na sua coleção.


Algumas das peças de Cícero.

O mais lindo de todos, mesmo que seja uma répçica.

DISPONÍVEIS - VENDA E TROCAS

Dulcops

Espanhóis e argentinos

Jean Höefler

Espanhóis

Alemães


COLEÇÕES - ALBERTO FERNANDES DA CRUZ (SP)

Outro colecionador que me mandou sua história foi o Alberto Fernandes da Cruz, 52, que mora em São Paulo, SP. Ele ganhou seu primeiro forte no Natal de 1971, aos sete anos de idade. Era o forte médio da Gulliver.

No ano seguinte, já fascinado pelas brincadeiras, juntou 12 cowboys à tropa. No entanto, era frustrante para ele, um fã da cavalaria dos filmes, ter apenas quatro soldados montados. Acho que tinha mesmo mais do que eu, hehe. Mas essa frustração era compensada por um bando de ìndios renegados, cujo "chefe" era o primo Israel, e que vinham atacar a fortificação. Havia ainda, posteriormente, uma carroça com quatro grandes cavalos, que por destoarem muito no tamanho, ficavam de lado nas brincadeiras. Os cowboys que a acompanhavam, no entanto, ficavam na onda do "tamo Junto".

Como todos nós, mais cedo ou tarde, chegou o dia em que a brincadeira passou a ser coisa de criança aos olhos dos amigos. Infelizmente nem o Alberto, nem nenhum de nós, fazia ideia de que não devemos ligar muito pra essas coisas. Um tanto velho, ele deixou os bonequinhos de lado, provavelmente numa caixa, num canto qualquer. Eventualmente viravam brinde às crianças visitantes.

Então, quase vinte anos depois, já casado e sem lembrar mais daqueles pequenos heróis e vilões (coloquem na ordem que quiserem...), apareceu sua irmã perguntando: "Você vai querer isso aqui ainda?" e lhe mostrou uma sacolinha com cerca de quarenta bonequinhos haviam sobrado na casa de sua mãe. Havia ali um  pequeno tesouro e isso lhe despertou a vontade de reiniciar a brincadeira.

Onze anos depois, com o bolso cheio por conta do pagamento do 13º salário, não resistiu e comprou, por indicação de um amigo, três fortes e um Acampamento Apache da Gulliver, todos dos anos 1970, na Galeria dos Brinquedos, em São Paulo. Ali foi fazendo muitos contatos e conhecendo novos colecionadores e principalmente amigos. Também através de sites, conheceu expandiu sua coleção ainda mais.

Hoje, além das mil peças de farwest, índios, cowboys e soldados, tem também África Misteriosa e Chaparral. Aguarda agora uma cópia feita pelo mestre Marco Leandro da Ponderoza, dentro de uma caixa que será fabricada pelo Rodney.

Fica aqui, ainda, uma mensagem de agradecimento (também de minha parte) aos amigos: Rovilson, Rodney, Alan, Gaspar, Floriano, Lolo, Carlos Roberto, Marco Leandro, Vinicius Fausto, Mascos Farias, Arthur, Pagliarini, Cláudio Libanio, Cristiano Hadad, Albert Antrad, Carlos Mariano, Ronaldo Costa, Ronaldo Sogro, Denilson Anton, Guazelli, Fernando "El Gato", Marcelo Paty, João Roberto, Paulo Ismael, Adriano, Moacir, Henrique Azevedo, Reginaldo Almeida, Reginaldo Brinquetoys, Fernando Camargo.

Alberto não gosta de peças repetidas, então as troca por outras que não tenha. Por isso deixa aqui o seu contato para possíveis aquisições e trocas: 

E-mail : albertofc8@hotmail.com

Whatsapp : + 55 11 997457599.



Abaixo algumas fotos da sua coleção. Obrigado por compartilhar conosco, Alberto.



 Aldeia da África Misteriosa, brinquedo que eu já tive e tenho saudades.

Soldadinhos diversos.

Mix de Zorro Trol, Dulcop e outros mexicanos  Crescent.

Los  "Descabezados" Jecsan. Alguns foram copiados pela Casablanca.

Cavalaria.

Cavalaria.

Cavalaria.


Ilustração dos fortes dos anos 1970, pequeno, médio e grande, adquiridos na Galeria dos Brinquedos, em São Paulo.

Algumas fotos da Fazenda Ponderosa do Alberto, feita pelo Marco Leandro.









sexta-feira, 12 de maio de 2017

NOVO FORTE EM ANDAMENTO

Faz uns dias que estou fazendo um novo forte. Este será totalmente diferente dos outros, pois terá módulos que permitirão mudar o tamanho. Terá em torno de 1 m x 80 cm, ou poderá ser menor, bastando tirar um módulo ou substituindo-o. Será todo em pinho de araucária. Terá quatro guaritas, casas, cocheira e outros.



terça-feira, 9 de maio de 2017

PINTURAS DESTA SEMANA - ÍNDIOS JEAN HÖFLER (WEST GERMANY)

Faz tempo que não posto aqui umas pinturas, então lá vai.
São pinturas bem simples, de cunho lúdico, tanto que as bases estão neste verde característico. Essas peças, cópias muito bem feitas da West Germany (Jean Höefler) são em tom de pele marrom, perfeitas para pintura.
Como poderão observar, não me ative aos tradicionais detalhes de olhos, sobrancelhas e pinturas de guerra. Deixo isso para o futuro dono, a pedido ou por conta dele. Também optei por "cores" nas calças, deixando-as com cores mais vivas.
Um dos índios falta uma lança ou machado na mão esquerda. Pretendo fazer estar armas para poder trocar, pois já deixei um orifício para isso.
Espero que gostem.







segunda-feira, 8 de maio de 2017

VOLTANDO NO TEMPO - 2005, O PRIMEIRO FORTE APACHE E INÍCIO DE UMA COLEÇÃO

Tudo começou em março de 2005. Entrei no site do Mercado Livre e para procurar um Forte Apache para o meu filho Vítor, que tinha três anos. Na verdade era também uma forma de retornar a minha infância, pois brinquei muito com aqueles bonequinhos.  


Depois de concluir a negociação, comecei a ficar ansioso pela chegada dele no correio. Demorou uns cinco dias e quando abri a caixa, junto do meu filho, foi a maior alegria. Voltei imediatamente no tempo e fiz uma promessa a ele e a mim mesmo. Iria fazer o Forte Apache que eu sempre sonhei quando era pequeno. O maior, mais bonito e o mais realista possível.


O primeiro passo foi arrumar os pauzinhos para fazer os "troncos". Primeiro tentei a técnica de fazê-los passar, ainda em filetes de perfil quadrado, por orifícios redondos que iriam diminuindo de diâmetro. O problema é que escolhi usar madeira de lei, e na maior parte, angelim pedra. O jeito foi fabricar um torneador, que foi feito usando um moto esmeril. Fiquei uma semana torneando os primeiros "troncos" das paliçadas. Eu os deixava redondos e depois os frisava usando uma faca de serra presa a uma morsa.


A primeira peça que fabriquei foi o pórtico juntamente com os portões. Foram feitos dois. Sendo que o primeiro foi o tradicional, com o espaço para o letreiro, mas foi substituído pelo que está no forte atualmente. Optei por uma cobertura, pois queria  que o forte fosse, como num de verdade, o mais funcional possível.


Os portões não deram muito trabalho, pois já fiz uns tantos de verdade. O que me incomodava na época eram as dobradiças. Não queria ver os portões abrindo sobre ferrinhos dobrados dentro de argolas. Então cortei um tubo de cobre, destes de refrigeração, fiz pequenas tiras dele, dobrei aonde vai o pino e lá estava a primeira dobradiça. 

Parti então para a união dos "troncos". Usei raios de bicicleta, um em cima e outro em baixo. Também usei esse procedimento para montar as guaritas. Essa parte não exigiu muito, pois era apenas furar num padrão, usando um gabarito, e encaixar os pauzinhos.


O que estava me perturbando agora eram os telhados. Eu os queria inicialmente no mesmo padrão daqueles do forte de plástico, com quatro águas, em formato de pirâmide. Não é fácil fazer, ainda mais porquê iria esculpir as telhas sobrepostas numa peça de madeira. Então optei por um de duas águas. Para fazê-los, eu pegava uma tábua de pinho, cortava-a na serra num perfil de mais ou menos 5,5 cm, e depois esculpia como se colocasse uma tábua (ou telha) por cima da outra. Tive o cuidado de fazer isso por baixo também. Usei esse método mais tarde para fabricar a as casinhas, que também têm as paredes de madeira sobreposta.


Depois de montadas as laterais, veio o problema de colocar as passarelas. Como queria uma coisa bem realista, esculpi o assoalho de forma a aparentar tábuas pregadas umas ao lado das outras. Por baixo, montei os "troncos" de forma que parecessem sustentar esse assoalho.


Por fim veio a pintura. As pontas foram pintadas com um selante transparente, tipo osmocolor. Para as "cascas", usei a cor nogueira. Quanto aos telhados, pintei de vermelho para manter o padrão dos fortes originais. Pelo menos dos últimos, de plástico. A placa onde pintarei Fort Apache algum dia desses, também pintei de amarelo. O que me deixou muito em dúvida sobre a pintura foi o tipo de tinta a usar no telhado e placa. Queria pintar com tinta plástica (não tinta de plástico), a base de água, mas como o forte é essencialmente um brinquedo, resolvi optar pelo colorido da tinta esmalte sintético. Uma dica: usem sempre tinta para fundo de cor clara, pois é muito difícil pintar sem ela.


Bom, o resultado foi esse aí. Na época eu esperava conseguir alguns bonecos antigos, da década de 1970, para que o brinquedo ficasse ainda mais legal. Mas, sinceramente, não me importei em incorporar outros, como os Supreme fabricados na China, que comprava mais facilmente naqueles tempos. 

Pretendia colocá-lo em um expositor que ia montar lá em casa. Seria o Forte, a Aldeia Apache e uma simulação de montanha com uma mina para separá-los, já que eu tinha uns quantos mineiros. Nunca aconteceu e o forte está guardado até hoje. O expositor é pequeno, e optei por um forte menor, que foi feito de canto. Nesses anos, de lá para cá, tive a oportunidade de confeccionar muitos itens para os que gostam de agregar novas peças aos seus "brinquedos", como casinhas de faroeste, carroças e outros.

Esse forte está atualmente a venda e mede 100 cm x 80 cm.

Abaixo, algumas fotos.










A seguir fotos do “making of” do Forte Apache: